No dia 16 de fevereiro de 1867 foi inaugurada a The São Paulo Railway (SPR), primeira estrada de ferro em solo paulista. A ferrovia que ligava o Porto de Santos até Jundiaí, que hoje trafegam trens de carga e as Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da CPTM.
Em 1859, o comerciante, armador, industrial e banqueiro brasileiro Irineu Evangelista de Souza, também conhecido como Visconde de Mauá, junto com um grupo de pessoas, convenceu o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos.
Mas para tirar do papel a ferrovia, os construtores deveriam vencer a imponente Serra do Mar, que divide a baixada Santista e as cidades do planalto, como Santo André. Então o Visconde de Mauá foi atrás de um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees.
Brunless veio ao Brasil e topou o desafio, e chamou outros engenheiros que tinha experiência no assunto, como Daniel Makinson Fox, que já havia erguido ferrovias em montanhas do norte do País de Gales e das encostas dos Pireneus. Fox então propôs que a rota para a escalada da serra deveria ser dividida em 4 declives, tendo cada uma a inclinação de 8%. Nesses trechos, os vagões seriam puxados por cabos de aço.
No final de cada declive, seria construída uma extensão de linha de 75 metros de comprimento, chamada de “patamar”, com uma inclinação de 1,3%. Em cada um desses patamares, deveria ser montada uma casa de força e uma máquina a vapor, para promover a tração dos cabos. A proposta foi aprovada por Brunless e a nova empresa para a construção da Funicular de Paranapiacaba foi criada: a “São Paulo Railway Company“.
No alto da serra foi construiu uma estação que serviu de acampamento para os operários, denominada de Paranapiacaba. Lá eram feita a troca de sistema pelos trens, já que nem todas as composições tinha a configuração para descer ou subir a serra.
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