Estadão: "Paixão no trilho"


A pose varia: braços abertos, sinal de positivo, mão na cabeça, braços cruzados, de pé, sentado, encostado na parede, abraçado no pai, sorrindo ou com cara séria. Em comum, todas as imagens trazem Renan Silva, de 6 anos, em uma estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em três semanas, o menino visitou todas as 94 estações, que somam mais de 273 quilômetros de trilhos em 23 municípios.

As viagens são sempre acompanhadas do pai, o motorista Reginaldo Silva, de 38 anos, principal incentivador do hobby. Como o progenitor, o menino gosta das estações antigas, como a Jundiaí, embora a preferida seja Aracaré, em Itaquaquecetuba. O motivo? Os cães “fofinhos” que ficam no local, com ares de interior. “Só correm quando o trem vai embora.”

Renan se interessa também pelas locomotivas de passageiros, mas tem um apreço especial pelas de carga. “Amo, amo, amo trem, gosto até do barulho, dos antigos e dos novinhos.”

Reginaldo começou a andar de trem também na infância. Diariamente, ele saía da Estação Calmon Viana, em Poá, todos os dias, e seguia até a casa da avó, perto da Estação Artur Alvim, na zona leste, enquanto sua mãe seguia em direção ao Brás, no centro expandido. “Por isso, criei esse vínculo com trens”, lembra. “No início, era só um meio de transporte, daí começou a virar hobby.”

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